14.12.09

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“E assim é que a Contraponto – paralela a aventuras com a de A Antologia em 58 do Mário Cesariny, a Barca Solar do Ernesto Sampaio, ou da Minotauro do Bruno da Ponte –, até nos seus desaires ou talvez por via deles, deixou sequelas: porque a mais antiga, à cabeça a & etc; mas lembre-se a Afrodite, do Fernando Ribeiro de Melo; chame-se à colação a Frenesi quando frenética e a Antígona quando refractária; a Hiena, os 4 Elementos Editores, a Fenda, a Black Sun; mais perto, a Averno – cometas tracejando luz no negrume editorial. Agindo nos interstícios da engrenagem mercantil, expulsas por mérito próprio de montras publicitárias, encaram o livro tão-só como produtor de mais-valias artísticas e culturais, objecto de uma entrega que funde o risco com a projecção política, diga-se poética – ou vice-versa, também vale.”
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[Vítor Silva Tavares, in Luiz Pacheco, 1 Homem Dividido Vale por 2 / Contraponto, Biblioteca Nacional / D. Quixote, 2009]

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