7.10.08

FNAC

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"Depois de praticamente destruírem o mercado das pequenas e médias livrarias e de "esmifrarem" as margens comerciais dos editores, tornando-os FNAC-dependentes, têm agora caminho livre para fazerem o que querem"
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[Jaime Bulhosa, no blog da Pó dos Livros]
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"em França a FNAC tornou-se uma rede livreira com lógica de hipermercado; e, com a décalage do costume, é o que estamos a ter por cá também (alguém se lembra ainda, por exemplo, da secção de poesia da FNAC Chiado do início?)"
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[Osvaldo Manuel Silvestre, n'Os Livros Ardem Mal]
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"Desde a abertura da loja do Chiado (a que conheço melhor) que as pequenas mudanças foram acompanhando uma degradação paulatina daquilo que podia ser um espaço de livros agradável. A redução, lenta mas substancial, dos fundos e de algumas secções em particular (a banda desenhada é um bom exemplo, mas haverá outros), a rotatividade acelerada das novidades, muitas vezes associada à desaparição rápida dos livros que há um mês estavam em destaque, a oferta cada vez mais concentrada nas edições que se encontram em qualquer sítio (acabando com aquilo que poderia diferenciar a loja de outros grandes espaços comerciais livreiros) e a constante mudança de espaços, de que o ‘encafuamento’ da secção infantil no antigo corredor de leitura, com pouco espaço para leitores e menos ainda para carrinhos de bebé, é o exemplo mais recente, mas ao qual se poderia juntar o desaparecimento misterioso dos sofás de leitura que marcavam, no início, a identidade da loja, são exemplos dessa degradação."
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[Sara Figueiredo Costa, no Cadeirão Voltaire]
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Agora que a FNAC acabou com os seus decontos de 10% e algumas das suas características mais marcantes estão a desaparecer gradualmente, talvez seja altura de prestar alguma atenção às pequenas e médias livrarias de grande qualidade que vão resistindo:

A própria Byblos, que foi para mim uma relativa desilusão, tem melhorado muito e em certas áreas penso que já ultrapassou a Fnac.

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