16.10.07

Fátima

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"Fátima é um embuste, uma alucinação de miúdos impressionáveis que a Igreja aproveitou para circunscrever, à distância, o perigo vermelho que começava a emanar da velha Rússia. Tudo o resto é esperteza saloia (os três segredos), crendice de raízes pagãs e retórica reaccionária urdida pelo lado mais obscuro da hierarquia católica. Terceiro-mundista, anacrónica, parola, com as suas lojas de pechisbeque e néon, atafulhadas de Cristos em holograma e Nossas Senhoras que mudam de cor com a humidade, Fátima continua a atrair magotes de gente? É verdade. Como há magotes de gente a estupidificar-se ao domingo nos centros comerciais e a dar maiorias absolutas a Alberto João Jardim."
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[José Mário Silva, em post para a grande gala "Azinheira Spoken Word", excelente iniciativa do Irmão Lúcia]

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